Nenhuma imagem do município guarda ainda tanta similaridade ao clima caótico pós-enchente quanto a início da Estrada Silveira da Motta. Talvez por ser próximo do Centro, ou seja, dos setores da população que se proclamam estar mais integrados ao que acontece na reconstrução do município, esse local acaba até chamando atenção em detrimento de outros mais periféricos. Ainda assim, já é a segunda postagem deste blog sobre o abandono do Km 26. Em relação à primeira, percebe-se que o poste caído e os cabos de aço, largados sobre o asfalto, foram removidos. Porém, tal como no Km 25, uma cratera imensa ainda toma conta de toda a beira da pista e, "coincidentemente" tal como no Km 25, a soluções tomadas pelos órgãos responsáveis são, digamos, pouco efetivas.
Quem acompanhou esse trecho da Estrada no decorrer do último mês pode notar o tráfego em baixa velocidade pela presença de funcionários da Prefeitura e caminhões de construção civil atuando no local. Naturalmente, a primeira coisa que vem à mente é estão finalmente consertando o buraco. Triste ilusão. Na verdade, colocaram uma camada de asfalto em volta de toda a cratera como um aviso aos motoristas. Ou seja, por não apresentar uma medida definitiva para o problema, o poder público se acomoda a ficar fazendo "melhorismos". Afinal, basta alertar às pessoas que o buraco continua existindo e está tudo resolvido!
Como observado na cratera do Km 25, não há dúvidas de que a erosão, principalmente por conta das chuvas, prosseguirá escavando a margem do Rio Preto e consumindo cada vez mais o asfalto da beira da Estrada. A altura da ribanceira confirma o perigo enfrentado.
Logo à frente, o que restou da casa de Prego mantém-se como estava, sobrando ainda apenas a visão de parte da churrasqueira e piscina. Fica clara, portanto, a lentidão burocrática com que o antigo imóvel pode ser desapropriado e posto finalmente abaixo.
Os próprios ladrilhos do chão da casa acabaram cedendo. A única mudança perceptível foi a retirada dos móveis, que permaneciam ali apenas para acumular lixo e servir de berçário para mosquitos. De qualquer forma, o mato ocupa ainda mais o local.
Próximo à Ponte Branca, aparece novamente a impressão de comodismo do poder público perante a destruição deixada pela tragédia. Com a destruição do ponto de ônibus, constatei aqui que a varanda da casa mais próxima estava agora tendo essa função. E não é que isso foi mesmo oficializado? Agora, o ponto de ônibus da Ponte Branca é a frente de um imóvel em desmoronamento.
Sendo assim, passaram-se quase um ano da enchente e esse trecho continua com o tráfego limitado a meia pista. Reconhece-se, enfim, a construção de muros de contenção na beirada do Rio, porém as soluções tomadas agora não justificam nem o todo o tempo transcorrido desde janeiro, nem a quantidade de "remendos" colocados ao longo da Estrada que mais aparentam um acomodamento dos órgãos públicos, seja municipais ou estaduais, que a resolução concreta dos problemas.
Porra, o comodismo do governo em relação ao que não é de seu interesse é uma vergonha. Ponto de onibus em imóvel comprometido é sacanagem porra.
ResponderExcluirEnfim, ano que vem é ano de eleições, vamos ver se pelo menos agora a prefeitura resolve tomar alguma atitude pra querer sair bem na foto. É tudo que os governantes buscam fazer né?
COLOQUEI UM LINCK DO SEU BLOG NO MEU BLOG
ResponderExcluirNOTICIASEVENTOS.BLOGSPOT.COM
Parabéns de novo Gabriel!!!!Tá maravilhoso teu trabalho e, a sua preocupação c a coletividade mostra q temos ainda c quem contar. Tô compartilhando mais esse exemplo de cidadania!!!!
ResponderExcluirOi, Gabriel!!
ResponderExcluirNão sabia desse seu blog! Parabéns! Vejo que já começou o seu trabalho! Não vai demorar muito para se cumprir aquilo que eu falei na formatura!
Bjos, Andréa.